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domingo, 14 de agosto de 2011

Kataclownstróficos

O Grupo Kataclowntróficos




  Ainda falando sobre meus trabalhos com o circo, desta vez registro aqui o grupo do qual tive um grande orgulho de participar desde sua fundação. Na mesa de uma lanchonete na Rodoviária de São Bernardo, alguns amigos resolvem investigar e por a mão na massa no trabalho de clown. Foi ai que criou-se um nome tão maluco e um grupo mais ainda. Foi ai que nasceu o Kataclowntroficos.

Na época de sua criação, estavamos finalizando a oficina de clown avançado no espaço do Juventude Cidadã. A partir dai resolvemos nos juntar e dar  continuidade na pesquisa do palhaço. Procuramos espaço e a partir disso criamos esquetes a fim de nos apresentarmos em diversos espaços e eventos. 



Paquera

Luno(Michel Almeida), Gibão(WC) e Joanete(Mariana França) em apresentação no arena da comunidade



Nossa primeira esquete. Abordando os truques do amor e o jogo da paquera com muito bom humor.




Os 40 anos


 Luno(Michel Almeida) Katy (Ingrid Daniele) Sido Frido (Edson Dooley) e Joanete (Mariana França)


Esta esquete foi montada especialmente para a dona do Restaurante Armazém, em São Caetano para celebrar seu aniversário de 40 anos. Mostrando todas as fases da adolescencia até a fase adulta e mostrando o lado bom da "flor da idade".

Águas de Março



 Uma esquete musical apresentada pela primeira vez no evento " Demodismo". O coral de palhaços cantando "Águas de Março".


Construção

Mindy(Ailyn Evelyn) e Joanete( Mariana França)



  Esquete criada a partir da música "Construção" de Chico Buarque.




Depois de um hiato no grupo, dia 30 de agosto ás 19 horas no Parque Esportes radicais no Centro de SBC, iremos realizar um reencontro do grupo, durante a apresentação do Palco Aberto. Vejo vcs lá!



Arena do Circo

Hoje eu vou falar de um grupo que tive o prazer de fazer parte. O Arena do Circo foi o primeiro grupo circense que participei e pra mim foi uma honra pois tive a oportunidade de por em pratica o que havia aprendido nas oficinas de clown do Juventude Cidadã.
  O Arena do Circo é um espetáculo que, a cada edição vinha com temas e números distintos de circo, porém, antes do propriamente Arena começar tínhamos um espaço que o público poderia participar, apresentando um numero de circo, uma dança, poema, o que fosse. Este era o Palco aberto.


Katy e Joanete



 Apresentado pelas Palhaças Katy (Ingrid Daniele) e Joanete (Mariana França), elas faziam o pré espetáculo.  Pra mim foi um grande aprendizado pois, não havia um roteiro exatamente, a maior parte do Palco aberto era baseado na improvisação, comentários dos números e uma "gag" ou outra previamente planejada conforme o tema do dia.

  E em seguida tínhamos o Arena do Circo. Com a apresentação de Timbó ( Freddy Luiz) e Espinha (Leon Zocaratto), o espetáculo baseava-se em números previamente selecionados e com números, gags e reprises dos próprios palhaços.



Luiz Fernando e Henrique Rimoli no Arena 25



Nesse tempo todo, realizamos também o Arena de Ouro, onde premiamos os melhores numeros que passaram por lá.



Espinha e Timbó no Arena de Ouro







O grupo Kataclowntroficos No Arena de Ouro







  Durante todo o tempo em ativa, tive a grande a oportunidade de fazer parte de cena circense do ABC com essa galera ai. E agora em 2011 voltaremos para apresentar no aniversário da Cidade. Com novo formato, novos números e com a identidade que o grupo sempre fixou na cidade. Até lá!


Espinha,Joanete, Katy e Timbó no Arena 24





domingo, 8 de maio de 2011

O desnude para o Satyros I

O nu pra mim foi mais além de ficar pelado. O nu tem um significado mais do que físico. Há uma relação com o estado de disponibilidade de receber algo, de mostrar quem realmente voce é e a aceitação quanto a isto.

Nós dificilmente nos mantemos disponíveis para tais experiencias, para receber e oferecer com verdade algo, mantemos nossas teorias prontas e partimos para a ação, fechamos em nossos casulos intelectuais e revelamos o que for interessante para o momento e nada mais. Racionamos teatro.

Porém chega um momento que o teatro te puxa, grita, rasga suas roupas e te faz ver quem você é de verdade. Você sai do casulo e percebe que o mundo é muito maior e de inumeras possibilidades. Foi isso que aconteceu comigo no momento que fui para o Satyros.

                                                        Na foto: Thadeo Ibarra, Claudio Wendel, Lino Reis e Cleyton Yamamoto.


Lembro perfeitamente do dia que fiquei sabendo que a Cia. estava com inscrições abertas para a Oficina Livre de interpretação. Estava eu limpando a sala quando eu ligo para um amigo meu e ele me fala que começou as aulas no Satyros na semana anterior. Disse que havia vagas e que seria uma boa oportunidade lá, pois eles geralmente convidam alunos das Oficinas para integrarem alguns dos espetaculos de lá. Achei muito interessante a idéia de fazer, pois há tempos eu tinha a vontade de sair do útero do ABC e me aventurar na grande Paulicéia.


Me chamou atenção a condução feita pela orientadora do curso, a Andressa Cabral, havia nela algo que fazia a aula ser muito proveitosa mesmo realizando exercícios muito simples. Sem contar que mesmo com uma tuma muito heterogenea com relação a experiencia no teatro, a vontade de todos de fazer e a condução do curso fizeram que não fosse aparente essa distinção.




                                                                         Andressa Cabral



Trabalhamos de março a julho Realismo. Dividimo-nos em grupos e propomos desde "Anti-Nelson Rodrigues" até "Despertar da primavera". Foi um trabalho que a cada semana, todos impressionavam com as propostas e as interpretações.



                                                              Mariana França e Cristiano Dantas 
                                                                   "Anti-Nelson Rodrigues"      
                                                                       
Na segunda fase do curso foi chegado o momento de iniciarmos o processo de montagem. Tivemos a oportunidade de propormos qual texto seria o nosso "Start". Decidimos não focarmos num texto somente, mas sim num universo, chamado Sarah Kane. Com uma autora tão intensa e provocadora, passamos por momentos de inquietação, conflito, crises. Cada um teve seu momento "Sarah Kane".

Por fim montamos "Reflexos da Madrugada"

         Flyer do Espetáculo                           

Foi um resultado que me agradou muito, fomos além dos personagens que Sarah coloca em seus textos, colocamos ali nossas aflições, mexemos em feridas, quem estava nu, disponível, ficou em carne viva. Eram figuras, sem nome, sem nada, estavam em busca de algo ou alguém, Eram cinza, desbotados, eram muitas coisas condensadas, intensas.

                                                                  Thadeo Ibarra e Cristiano Dantas

Foi a minha primeira experiencia com o nu, e a primeira vez que fiquei frente a frente comigo, com o que sou. Não só fiquei "pelada, pelada, nua com a mão no bolso", mas em muitas vezes fiquei frágil, vi a verdade que é sempre escondida para que possa parecer que em mim há sempre uma fortaleza. Fiquei disponível para uma linguagem que o Satyros propoe, o teatro veloz, fiquei disponivel para o contato com o outro, com a verdade dos outros e a minha verdade; tentar fugir dos clichês, do cotidiano, do que faço todos os dias. Me senti humana, uma pessoa, uma mulher que não entende o mundo, mas que quer entender.

Essa vivencia me estimulou, fez com que eu não tivesse vontade de sair de lá, querer continuar a aprender o que é o teatro veloz, quem são  e o que há naquela forma de fazer teatro que chama tanto a atenção dos que estão ali.

                                           William Raphael, Lino Reis, Claudio Wendel e Mariana França.




O processo acabou, mas minha experiência por lá só estava começando. Mas issso eu guardo para segunda parte do texto. Até logo!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Abandono fecha porta de teatros históricos no ABC paulista




Carlos Gomes foi reformado em 1992, mas interditado em 2009O abandono do Poder Público marca a história de dois dos principais e mais antigos teatros da região: o Cinetratro Carlos Gomes, em Santo André, e o Teatro        Cacilda Becker, em São Bernardo.
O Carlos Gomes está há dois anos interditado por conta dos riscos da estrutura do local. Ele é o cinema mais antigo do país ainda de pé, criado em 1912. Entre as décadas de 1920 e 1970, abrigou os principais eventos culturais da cidade. “O Teatro Carlos Gomes sempre teve vida cultural, diferentemente da situação que enfrenta hoje”, afirma o jornalista e memorialista Ademir Médici. Por trás de seu abandono, várias promessas de reforma. A última foi feita em fevereiro do ano passado, quando a Prefeitura de Santo André apresentou projeto para que o teatro se transformasse em uma sala de concertos. A verba necessária seria de cerca de R$ 2,5 milhões. O novo Cineteatro Carlos Gomes seria entregue até o final do ano passado. Mas, até hoje, nada foi feito.

O prefeito Aidan Ravin desistiu de um projeto de R$ 8 milhões da administração passada por considerá-lo muito caro.

Já o Teatro Cacilda Becker é vítima das enchentes que desde a construção do paço municipal, em 1968, atingem o conjunto cívico de São Bernardo. O espaço está fechado desde o verão passado, quando a água atingiu poltronas e até o palco do espaço. As bombas do teatro estavam quebradas. O cronograma da Prefeitura de São Bernardo previa a reabertura do espaço também no final do ano passado, o que não aconteceu. 
“Falta vontade política, sem dúvida. Se as administrações quisessem resolver o problema, já teriam incluído as reformas nos orçamentos deste ano, ou realizado uma campanha forte junto à iniciativa privada”, disse Médici.


Fonte: eBand http://www.band.com.br/jornalismo/cidades/conteudo.asp?ID=100000415195 

segunda-feira, 21 de março de 2011

SP Escola de Teatro














Localizada na capital do Estado de São Paulo, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco propõe novos desafios para o ensino das artes cênicas no Brasil e percebe o formador e o aprendiz sob o prisma das sensibilidades e potencialidades artísticas, humanas, críticas e cidadãs.

Seu projeto se orienta a partir de três pilares – Cursos Regulares, Cursos de Difusão Cultural e Programa Kairós – que alicerçam o funcionamento sistêmico dos setores da Instituição, contemplando diferentes ações artístico-pedagógicas.

Três pilares, um coração: a arte do teatro que irriga qualificação rigorosa e amplia horizontes nos modos de criação, produção e recepção na contemporaneidade.
Entre as propostas articuladas pela Escola, destacam-se:

- no campo da gestão, a iniciativa inédita do Governo do Estado de São Paulo que investe recursos e dá plenos poderes ao pensamento e às ações de criadores vinculados a espaços culturais ou a grupos expoentes da cena atual; um cenário auspicioso em que artistas formam artistas.

- no plano social, a interface com estudantes de escolas públicas contemplados com bolsas-auxílio para se tornarem profissionais das artes do palco, atitude que democratiza o acesso ao universo teatral para diferentes camadas da população; uma escola de teatro para todos.

- no sistema pedagógico, o formador pisa o terreno do conhecimento ao lado do aprendiz; ambos caminham em via de mão dupla na busca permanente pela excelência artística e humanística; um território cultural destinado ao “saber-fazer” e ao “saber-ser”.



Fonte: http://www.spescoladeteatro.org.br/a_escola/index.php 










Uma escola nova e que já tem muito que contar. Em pouco tempo de vida, a escola já é vista como uma das referências no Estado. Pode ser por conta dos mestres presentes, por conta de cursos até então restritos ou por outro motivo qualquer.


 Os cursos são oferecidos gratuitamente pelo Governo do Estado e há cursos de formação de atores, Iluminação Humor, Técnicas de Palco entre outros, e cursos de Difusão Cultural, de curta duração. Há também uma série de eventos, palestras e workshops no decorrer do ano. Para os cursos de Formação, há seleção uma vez ao ano, e para os de Difusão, semestralmente há seleção por carta de intenção pela internet.

domingo, 13 de março de 2011

Escola Superior de Artes Célia Helena




Reconhecida como uma das instituições de ensino artístico mais importantes do país, o Célia Helena Teatro-escola comemora, aos 30 anos, a ampliação de sua escola em faculdade conceituada, que teve nota máxima do MEC e foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação.

O Curso Superior de Artes tem a mesma filosofia de trabalho que consagrou a escola fundada pela atriz Célia Helena em 1977: seriedade, ideologia, criatividade e dedicação. Na época, a atriz mergulhou na iniciativa pioneira de ensinar teatro para jovens, com a convicção de que esse trabalho deveria não só contemplar o conhecimento técnico, mas também o pensamento crítico, criativo e ético, fazendo do candidato a ator um verdadeiro artista-criador.

Célia Helena sempre acreditou no teatro como instrumento cultural para a expressão da individualidade e para a troca de experiências; para a formação da cidadania e para o desenvolvimento pleno profissional.

Hoje dirigida por Lígia Cortez, filha de Célia Helena e Raul Cortez,  a escola se mantém fiel aos fundamentos de sua criadora, ao mesmo tempo em que é sintonizada com os novos tempos.

Entre outros atrativos, a instituição conta com professores renomados, currículo diferenciado, espaço exclusivo para apresentação, biblioteca e projetos de pesquisa e intercâmbio, atributos que a tornam uma referência na formação de atores para o teatro, o cinema e a televisão.


Fonte: http://www.celiahelena.com.br/escola/


Minha amiga Renata Sarmento, que está no quarto semestre do Curso de Artes Cênicas, escreveu um depoimento sobre sua experiência na Escola:


 "  Na minha concepção teatro se faz de uma forma descontraída e com bastante responsabilidade,disciplina, criatividade e acima de tudo respeito. É isso que nós aprendemos logo quando começamos o primeiro semestre. A Escola Célia Helena tem um carisma único, que vem desde os funcionários da limpeza e segurança da escola até os cargos mais altos. No segundo termo já estamos em palco, fazendo o chamado "exercício no teatro", assim denominado, pois a um segundo termo não se pode dar o peso do nome peça teatral. É muito importante pois nos sentimos grandes, porém com os pés no chão. Professores competentes que baseiam-se nos ensinamentos de Stanislavski nos passam aquecimentos, jogos teatrais, discussões sobre grandes nomes do teatro, muitas leituras e um trabalho sério e verticalizado é feito nas aulas de corpo e interpretação em nossa preparação como ator e artista de um modo geral. 
Acho super interessante um Festival que acontece uma vez em cada seis meses na escola, chamado EPA - Encontro dos Profissionais de Artes. Esse encontro acontece geralmente em um sábado, onde os alunos podem demonstrar qualquer tipo de arte com o tempo máximo de 20 minutos, sem intervenção dos professores; como eles mesmos intitularam, trata-se de um movimento de origem anarquista. Possui também uma biblioteca organizada com um grande número de obras disponibilizadas aos alunos. Não podendo deixar de falar na cantina da baiana Creuza com seus salgados deliciosos; uma verdadeira personagem com um enorme coração. O único quesito que acredito que poderia ser aprimorado, apesar de não ser ruim, são as aulas de voz. Esse é o único ponto que acredito possuir certa deficiência. 
Sou muito feliz em estar no quarto semestre dessa escola, na qual tenho muito prazer de estudar e que me dá toda a base teatral. "

Lembrando que para ingressar nos cursos de iniciação ou superior em artes, é necessário passar por processo seletivo. Todos os cursos são pagos. Para informações sobre datas de inscrições e valores, consulte o site da escola: http://www.celiahelena.com.br/home.htm  

Teatro Escola Macunaíma



Criar um nome forte em educação não é algo que se faz do dia para noite. Antes de tudo é preciso montar uma base sólida para, sobre ela, construir sua história. Depois, é preciso estar atento às mudanças para atualizar-se sempre. E é justamente o que o Teatro Escola Macunaíma vem fazendo desde 1974, quando foi fundado pela atriz Myriam Muniz, o diretor Silvio Zilber e o cenógrafo e figurinista Flávio Império, artistas consagrados, cujos nomes se misturam à história do teatro brasileiro, todos premiados e com experiências que se tornaram simbólicas no meio teatral. Entre elas, TBC, Teatro Arena e Teatro Oficina, que deram contribuições valiosas ao mundo da dramaturgia.
Atualmente, a escola é administrada pelo diretor Luciano Castiel, que faz questão de ser fiel à história e aos preceitos da fundação do Macunaíma, mantendo um corpo de professores graduados pelas melhores universidades de dramaturgia do País, com muita experiência na arte de atuar e extremamente preparados para ensinar.


Fonte: http://www.macunaima.com.br/site/index.php/tradicao

Escola de Arte Dramática (EAD)

A EAD - Escola de Arte Dramática é uma escola técnica de formação de atores e vem realizando seu trabalho há 62 anos, sendo grande o número de profissionais aqui formados e reconhecidos por sua excelência.
Muitos desses artistas, com o suporte de sua formação, ampliam a área de atuação para outros campos como cinema e TV, além de abraçarem outras especialidades como direção, cenografia, iluminação e dramaturgia.

A Escola de Arte Dramática tem sido exemplo para a criação de escolas importantes, como o próprio Departamento de Artes Cênicas da ECA/USP, as Artes Cênicas das Federais de  Belo Horizonte e de Porto Alegre, do curso de Artes Cênicas da UNICAMP e mantêm-se como fonte de referência para novos cursos de formação de atores.

A EAD busca perfil de excelência por meio da atuação de corpo docente preparado e diversificado, por meio da manutenção de um trabalho pedagógico atento, haja vista a dimensão das turmas (em torno de 20 alunos), garantindo assim atendimento individualizado. Destaca-se também como característica do projeto pedagógico da EAD a contratação de diretores profissionais para as Oficinas de Montagem que dominam a parte final do Curso.

O ensino e a pesquisa em nossa área de atuação caminham juntos pois o ensino na EAD é predominantemente prático-laboratorial, sendo iluminado, todo o tempo, pela teoria e pela técnica.
As nossas ações relativas à Extensão também se mesclam às nossas atividades de Ensino, pois os nossos exercícios, oficinas, montagens e espetáculos são públicos e gratuitos, sendo apresentados em nosso teatro laboratório da ECA/USP, com grande afluência de público.
Participamos com nossos espetáculos também em festivais e eventos diversos.


Escola Livre de Teatro (ELT)






O nome Escola Livre de Teatro já estava escolhido antes mesmo que o projeto estivesse estruturado no papel. Constava do programa político do então candidato a prefeito Celso Daniel e provinha de uma idéia do diretor de cultura, Celso Frateschi, segundo a qual a meta deveria ser “o embasamento, algo que permitisse passar para a comunidade os instrumentos necessários para se fazer teatro”. Neste sentido, a palavra “livre” parecia o elo essencial que uniria dois conceitos tão complexos e muitas vezes de difícil conjunção: o de escola (a práxis do ensino) e teatro (uma práxis da arte).

A opção por uma escola de teatro atendia a uma reivindicação dos núcleos de artistas da região. Ao mesmo tempo ia ao encontro da forte tradição que a cidade possui na área desde fins da década de sessenta. Em Santo André surgiram grandes nomes do teatro nacional, entre eles atores, diretores, dramaturgos e um grupo, de solidez e renome, que marcou época na década de setenta, o GTC (Grupo de Teatro da Cidade).

A idéia de uma escola ganhava concretude na medida em que isso representava não um produto artístico acabado, mas o potencial para a realização de uma produção cultural independente. Um ponto de acordo com a velha sentença: “não dê o peixe, ensine a pescar.”

Na primeira semana de maio de 1990 os jornais da cidade anunciavam: “Santo André cria escola de teatro.” A notícia havia sido dada durante a apresentação da peça Quase primeiro de abril, em cujo processo de criação se reuniram mais de duzentas pessoas discutindo teatro por três meses.

A sorte estava lançada. Para estruturar e dirigir o empreendimento foi convidada a pesquisadora e diretora de teatro Maria Thais Lima Santos, que em pouco tempo, e intensa atividade, formulou a proposta da Escola Livre de Teatro.





A pedagogia livre, da qual não há uma verticalização no ensino é o que a Escola Livre de Teatro aplica em seu método de trabalho. A escola busca a pesquisa do ator e o trabalho coletivo; não há uma grade fixa para os cursos; isso varia de acordo com a necessidade de cada turma.
 Ela é conhecida nacionalmente e muitos atores são formados pela ELT ou já deram aula na escola. Os mestres são atores que participam ativamente da cena teatral paulista.
 São oferecidos cursos de iniciação (teatro laboratório) com duração de um ano, e o curso de Formação do Ator, que atualmente teve seu período de duração ampliado: Quatro anos.
 Há também núcelos como de direção, pedagogia, máscaras, etc.
O processo seletivo para os cursos de Formação do Ator, Teatro Laboratório e para os Núcleos são anuais e ocorrem no inicio do ano, e todos eles são oferecidos gratuitamente pela Prefeitura de Santo André.

Fundação das Artes


 A Fundação das Artes é uma Instituição que ensina Arte. Em nossa concepção, essa função primária é carregada de significados. E esse, por exemplo, é o momento de falarmos de nossa proposta educacional.
Arte se ensina? Bem, num sentido mais estrito, o mais correto é dizer que o que se ensina é a técnica. Por meio dela, o indivíduo pode expressar a arte que traz dentro de si. Porém, numa visão mais ampla e moderna, podemos dizer que forma-se o gosto artístico do cidadão colocando-o em contato com os bens culturais que a sociedade produz. Em ambos os casos pode-se afirmar que, sim, nós ensinamos Arte na Fundação.
A Arte diz quem somos, nos dá identidade. É com ela que podemos nos expressar, que podemos mostrar ao nosso semelhante em que acreditamos e como é que vemos o mundo. E, afinal, podemos nos exercitar naquilo que, sim, é a única e verdadeira coisa que nos diferencia dos animais: nossa humanidade.
Para tudo isso, há que desenvolver métodos e sistemas. Estamos nos referindo às nossas Escolas e aos cursos por elas oferecidos.  Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.

Fonte: http://www.fascs.com.br/index.asp?dados=apresentacao_cur

A Fundação das artes possui quatro escolas: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. São oferecidos cursos para quem apenas quer conhecer "como funciona" até os voltados para quem quer se profissionalizar na área. O curso profissionalizante de Teatro (HTPA) por exemplo, ao final dele é oferecido ao aluno o registo de ator (DRT),possibilitando-o de trabalhar na televisão, dublagem, etc., porém é necessario que durante os três anos e meio de curso o aluno cumpra uma carga horária exigida pela escola, que agrega desde a assistir espetaculos de teatro, dança e música até a participação do aluno em outros cursos e montagens oferecidas dentro ou fora da escola. Fora as aulas regulares da escola.

O processo seletivo acontece semestralmente, todos os cursos são pagos, porém, é um valor bem abaixo do que outras escolas cobram, e a estrutura oferecida pela  não fica a desejar.


Juventude Cidadã

As oficinas começaram no ano de 1998 com o trabalho voluntário de 10 jovens monitores, que atendiam 300 alunos. Atualmente são oferecidas 52 modalidades, para mais de 320 turmas nos períodos: manhã, tarde, noite e aos sábados, atendendo a mais de 5.500 jovens, gratuitamente. Entre as modalidades das oficinas podemos encontrar: Aerografia, Artes Circenses – Aéreo, Clown e Malabares, Bike, Break, Bateria, Canto, Capoeira, Cavaco, Coral, Dança, Dança acrobática, Dança do Ventre, Defesa Pessoal, Desenho, Escalada Esportiva, Fotografia, Gaita, Graffiti, Guitarra, História em Quadrinhos, Mangá, Moda, Organização de Atividades Lúdicas, RPG, Sapateado Americano, Skate, Teatro, Violão entre outros, para participar é necessário ser jovem munícipe de 14 a 29 anos, que estejam estudando ou com segundo grau completo.

O inédito do Centro da Juventude é que muitos jovens, a partir da oportunidade de convivência com as diversas “tribos”, souberam se fazer respeitar e exercer seus direitos de cidadania, trocar experiências, debater e estruturar seus projetos de vida, exercer o protagonismo, descobrir seu potencial, se organizarem e formarem grupos de teatro, dança, bandas, trupes circenses, núcleos de produção cinematográfica, fotógrafos entre outros, propício ao relacionamento saudável.



 Mais uma alternativa aos interessados em ter um primeiro contato com a arte é o espaço do Juventude Cidadã. Projeto que também é oferecido gratuitamente pela Prefeitura de São Bernardo do Campo.

O projeto possui oficinas semestrais em diversas áreas como teatro, dança música, etc. Para quem não tem experiência anterior é uma forma interessante de conhecer e quem sabe investir nas artes.
O interessante do espaço é que muitos monitores já foram alunos que se profissionalizaram e agora podem compartilhar suas experiências e também incentivar seus alunos a conseguir seu espaço na área desejada. Outro ponto são os projetos que o Juventude leva para fora de seu espaço: O Juventude Radical, que visa a promoção dos esportes radicais nos bairros de São Bernardo, o Eco Juventude que promove a consciência ambiental; e também eventos como o Projeto Esquenta, realizado no Parque Cittá di Maróstica do qual busca a interação dos jovens do municipio por meio da música eletrônica tocada pelos alunos do Curso de Dj e convidados.
O carro-chefe do projeto são os cursos de circo. Por conta do Juventude o movimento circense cresceu tanto que foi além das salas de aula. Muitos alunos trabalham profissionalmente não só no Brasil quanto fora.

Há outros cursos voltados para os esportes radicais e também profissionalizantes. As inscrições são semestrais. Uma opção aos que tem vontade de ter um primeiro contato com a arte e o esporte. Aos que já passaram dessa fase e procuram trilhar um caminho mais sério no teatro nos proximos posts vocês verão escolas que são referência no Estado de São Paulo.

Oficinas Culturais

As oficinas culturais são espaços onde são oferecidas atividades práticas que proporcionam novos conhecimentos e vivências, e o contato com os mais diversos tipos de linguagens, técnicas e idéias. Nas aulas, ministradas gratuitamente, é possível ter acesso aos instrumentos e à teoria necessária para trazer à tona o potencial criativo de cada aluno.

Participar de uma oficina cultural, não importa qual atividade seja, é uma experiência rica para quem participa, pois o aprendizado é tanto para quem é apende quando para quem ensina.

Aqui em São Bernardo são oferecidas oficinas de teatro, canto, dança, circo, etc. pela prefeitura e localizada em vários centros Culturais, teatros, bibliotecas e centros comunitários do município.

Grande parte de minha vivencia teatral foi nestas oficinas, onde tive contato com grandes profissionais, como Paco Abreu, Sérgio Pires, Val de Carvalho, Edu Silva, Andreia de Almeida, Antonio Correa Neto entre outros. Atores que estão na cena paulista e que compartilham conosco suas experiências, técnicas e linguagens tanto para quem pretende iniciar uma carreira como ator quanto para quem apenas quer conhecer e descobrir uma nova visão de mundo.
E há forma melhor de aumentar a visão de mundo senão com a arte?


Bem vindo!

Foto: Noel Filho



Começar um Blog não é fácil. Abordar um assunto tão amplo como a arte também não é. Mas pretendo postar aqui o mais freqüentemente possível algumas opções de espetáculos, linguagens, música e tudo o que esta mente permitir, estes olhos enxergarem estes ouvidos escutarem e este coração sentir. Aceito sugestões, dicas e tudo o que for contribuir para a melhora desta ferramenta. Até logo!!
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