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domingo, 13 de março de 2011

Escola Livre de Teatro (ELT)






O nome Escola Livre de Teatro já estava escolhido antes mesmo que o projeto estivesse estruturado no papel. Constava do programa político do então candidato a prefeito Celso Daniel e provinha de uma idéia do diretor de cultura, Celso Frateschi, segundo a qual a meta deveria ser “o embasamento, algo que permitisse passar para a comunidade os instrumentos necessários para se fazer teatro”. Neste sentido, a palavra “livre” parecia o elo essencial que uniria dois conceitos tão complexos e muitas vezes de difícil conjunção: o de escola (a práxis do ensino) e teatro (uma práxis da arte).

A opção por uma escola de teatro atendia a uma reivindicação dos núcleos de artistas da região. Ao mesmo tempo ia ao encontro da forte tradição que a cidade possui na área desde fins da década de sessenta. Em Santo André surgiram grandes nomes do teatro nacional, entre eles atores, diretores, dramaturgos e um grupo, de solidez e renome, que marcou época na década de setenta, o GTC (Grupo de Teatro da Cidade).

A idéia de uma escola ganhava concretude na medida em que isso representava não um produto artístico acabado, mas o potencial para a realização de uma produção cultural independente. Um ponto de acordo com a velha sentença: “não dê o peixe, ensine a pescar.”

Na primeira semana de maio de 1990 os jornais da cidade anunciavam: “Santo André cria escola de teatro.” A notícia havia sido dada durante a apresentação da peça Quase primeiro de abril, em cujo processo de criação se reuniram mais de duzentas pessoas discutindo teatro por três meses.

A sorte estava lançada. Para estruturar e dirigir o empreendimento foi convidada a pesquisadora e diretora de teatro Maria Thais Lima Santos, que em pouco tempo, e intensa atividade, formulou a proposta da Escola Livre de Teatro.





A pedagogia livre, da qual não há uma verticalização no ensino é o que a Escola Livre de Teatro aplica em seu método de trabalho. A escola busca a pesquisa do ator e o trabalho coletivo; não há uma grade fixa para os cursos; isso varia de acordo com a necessidade de cada turma.
 Ela é conhecida nacionalmente e muitos atores são formados pela ELT ou já deram aula na escola. Os mestres são atores que participam ativamente da cena teatral paulista.
 São oferecidos cursos de iniciação (teatro laboratório) com duração de um ano, e o curso de Formação do Ator, que atualmente teve seu período de duração ampliado: Quatro anos.
 Há também núcelos como de direção, pedagogia, máscaras, etc.
O processo seletivo para os cursos de Formação do Ator, Teatro Laboratório e para os Núcleos são anuais e ocorrem no inicio do ano, e todos eles são oferecidos gratuitamente pela Prefeitura de Santo André.

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